terça-feira, 14 de outubro de 2014

De tempos em tempos...

Noite quente em SP, 30 graus durante o dia. Uma leve brisa da noite relaxava um pouco os poros suados.
Pela manhã a cortina batia fazendo ritmo com o barulho do ventilador brigando com o calor do quarto.

Entro no estado em que passo a escutar o plano espiritual. Sinto uma presença e passos pelo quarto. Não estou muito afim de ser surpreendido, até para não perder a consciência, afinal de conta faz tempo que não saio do quarto devido ao meu momento mais “hardcore” e pouco estudo espiritual. Ok, não é certo, mas isto não quer dizer que não busco esta paz espiritual e não a respeito, são apenas momentos diferentes, necessidade de aprender outras coisas, afinal de contas estamos aqui pra que?

Instalo um forte EV (estado vibracional) para evitar que a presença se aproxime demais.
Como milhões de abelhas ao meu redor, escuto um zumbido e a energia oscilando por todo meu corpo. Quase posso ver sua cor amarelada irradiando em diversas pontas.

Rolo para o lado e caio já fora do corpo.
O sol pálido ilumina o quarto, o que é bom, o ambiente não esta tão denso.
Saio pela porta e encontro um espirito já não muito contente. É uma menina, vestido azul, cabelos curtos.
Seus olhos tingem-se de negro ao me ver e sua boca abre de forma anormal. Negro.
O EV em mim ainda esta forte e seguro suas mãos com força, intensificando a barreira protetora. Talvez tenha exagerado, não foi minha intenção, mas acredite, ter este controle do “outro lado” não é tão fácil.
Logo ela some, se dissipa, mudamos de frequência. Espero não tê-la ferido.

Isso é o mais difícil de entender.  Que ponto chegamos “do outro lado”. A busca por energia para se alimentar, vampirizar outros.
É o que dizem, a vibração que você esta no momento é o que vai dizer quem estará com você.

Estou bem calmo, muito além do normal, e isso faz minha experiência se estender. Fico feliz, faz tempo que não tenho experiências tão intensas.

Salto pela janela e sim, não me canso de falar, a sensação de liberdade, leveza ao volitar é sensacional.
Vejo o bairro la embaixo, diferente do que costumo ver todos os dias. Tenho certeza da presença do mentor apesar de não vê-lo.

Sou levado a uma espécie de centro espirita, logo percebo ser um centro em que a presença de pretos velho é comum. Também não os vejo, mas sei disso.
Me direciono para uma sala onde há algumas pessoas e logo faço parte de um grupo que dá passe neste grupo. A mesma energia amarela que me cobria agora flui de minhas mãos para o chakra da coroa, no topo da cabeça.

Ficamos neste estado por algum tempo até eu me ver de novo em meu quarto. Desta vez a visão mais turva, o ar mais denso.
Salto mais uma vez pela janela mas desta vez a sensação gostosa de volitar se transforma no terror da queda. Quem nunca sonhou que estava em queda livre? A sensação é terrível, mas de algum modo eu atingi um nível de consciência que não me deixa entrar no estado de terror, afinal de contas eu sei que não vou morrer neste estado.
Após aqueda, me levanto sem nenhum ferimento e logo tenho a mesma sensação de presença como da menina que estava em casa, mas agora são duas crianças, o mesmo olhar e feição.


Não me deixo abalar e consigo me defender. A luta não dura muito e logo volto para o corpo rezando para que não tenha machucado ninguém e que tenha sido útil da melhor forma.

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