sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Vampirização

7:30 da manhã, minha esposa já saiu para trabalhar. Hora perfeita para sair do corpo.



Deito-me para o lado esquerdo em posição fetal.

A luz do apartamento me atrapalha um pouco e coloco o travesseiro na cabeça.

Trabalho as energias e de repente sinto uma mão sobre minha mão e me assusto. Abro os olhos mas não tem ninguém. Lá vamos nós de novo. Ontem foi uma mordida, hoje um toque suave – morde e assopra ? (Ok, foi péssimo).



Fecho os olhos e logo vem o EV.



Levanto-me da cama e passo os olhos pela casa, tudo ok.

Salto pela janela e logo vem aquela sensação maravilhosa de liberdade. Dou piruetas no ar e aumento a velocidade. Sempre me pego olhando para os passamos em pleno voo e hoje posso falar, abençoados são por viver desta forma.



Pra variar estou no Umbral – vejo um tipo de favela abaixo, muito escura, não vejo qualquer iluminação, um ponto onde possa focar e poder ajudar alguém. Também dera não me sinto apto a amparar ninguém já há algum tempo.



Mais a frente, a iluminação das casas mudam. Vejo nuances de cores, vermelho, verde, amarelo como se fosse uma aurora boreal. Um ponto mais iluminado me chama atenção e vou até lá.



Um bar, com muitas pessoas. Todas sentadas escutando um som pesado, inclusive o distingo – o som era Judas Priest. A melodia esta na cabeça, mas não recordo o nome da música.



Logo vem a minha cabeça, aqui não há necessidade de amparar ninguém, e julgo também ser impossível e logo saio de lá apesar de gostar do som, não estou para brincadeiras fora do corpo, mas um dia vou explorar mais estas regiões e experiências.



Logo volto ao corpo, mas não acordo, estou deitado na cama na mesma posição e não me movo justamente para não perder o EV, mas não estou só. Há duas meninas na cama comigo. Estilo roqueiras, de cabelos vermelho. Uma sentada aos meus pés e outra deitada ao meu lado.



Vestes de couro, saias curtas e bota. Estão conversando mas eu não interajo com eles, apenas estou lá – ótimo, mais uma vampirização.



Olho o ambiente do meu quarto e noto na minha cama duas pequenas aranha, ou um tipo de aranha com várias patas além das patas que os aracnídeos têm. No momento não me dou conta, mas agora percebo ser um tipo de inseto sugador de energia densa do umbral já citado em livros que li.



Meu instinto biólogo não deixa matar as aranhas. Tento afastá-las mas elas voltam. Percebo subindo pela face da garota ao meu lado e injetando um tipo de ferrão em seu rosto. Vejo-as incharem e aumentarem de tamanho.



Neste momento vejo uma menina de uns 13 anos, cabelos enrolados e bem longos e um garotinho, ambos são negros.



-O que fazem aqui? Esta casa é minha, quero que saiam.



As garotas ao meu lado se levantam e há uma discussão. Logo vejo-as sumir.



A menina me olha com um ar sério, pega na mão do menino e sai do quarto. Decido me mover para não mais sair do corpo e assim o faço. Era como se eu estivesse acordado.



Somos expostos a todos os tipos de energias e o vigiar e orar é realmente necessário, mas é muito difícil. Por vezes nos perdemos em meio a pensamentos por conta do estresse do dia a dia, das cobranças, da vida como um todo. Realmente, é um teste e uma experiência de crescimento em tanto que vivemos aqui e agora.



Paz e Luz e que Deus ilumine a todos nós.



PS – em conversa com minha esposa a pouco ela relata ter passado uma noite terrível, como se tivesse alguém em cima dela a noite toda.

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